segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Segredo Niponico



Um cumpadi meu era daqueles pescadores teimosos. Assíduo freguês do rio Sapucaí. Um dia pegava lá uns peixinhos graúdos, noutros dias só molhava a minhoca. O engraçado é que o local onde ele pescava era o mesmo do Nakano, japonezinho conhecido lá na minha terra. E o mais engraçado de  tudo é que Nakano enchia o embornal todo dia. Fosse lua pra peixe ou não. E o meu cumpadi sempre com aquela inveja no fim da tarde.
A coisa foi indo de tal maneira que o meu cumpadi chegou a pensar que o tal japonês tinha pacto com gente do outro mundo, ou alguma mandinga. Lá um belo dia, o meu cumpadi não aguentou a curiosidade e perguntou pro japonês:


Cumpadi Ô Nakano! Me conta aí! Cumé que ocê faz pra pegar tanto peixe, se eu que sô pescadô antigo e dos bão num pesco nada?

Nakano (com sotaque) – Simpatia japonesa, né?

Cumpadi Deixe de sê miseráve e me ensina um pouco dessa simpatia, uai!

Nakano Japon faz assim, non? Antes de saí cedo, passa mão na bunda da muiéro, né? Aí é só jogá o anzóro e pronto, né? Pexe vem corendo e eu fisga, né?

Nosso cumpadi mal conseguia esperar o dia seguinte para encher o embornal de peixe.

Mal o dia amanheceu, aproveitou que a esposa estava no tanque lá fora lavando uma roupinha.

Como ela estava de costas, ele aproveitou e... zap! Passou a mão inteirinha na bunda dela. A cumadi, sem se virar, comentou naquele jeito de cabocla:
“Ô Nakano! Já vai pra pescaria?”

Naquele dia, decerto, ele e o japonês faturaram peixe pra mirréis...

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